6 de outubro de 2012

Do amor e outros demónios*


Não acredito no amor e acho que já escrevi isso várias vezes no blogue. Não acredito no amor como nos é apresentado nos filmes e nos romances. Naqueles amores para a vida que a meio são interrompidos por uma qualquer desgraça e que invariavelmente acabam por regressar ao ponto da separação e acabam com uma felicidade eterna. 

Acredito nas relações, no respeito, no carinho, no esforço conjunto por um ideal ou por objectivos comuns. Isso sim. Agora histórias de cordel, cor-de-rosa e com unicórnios e princesas escusam. 

O que não consigo conceber é que ao fim de 24 anos de vida conjunta a responsabilidade por alguém com uma doença degenerativa tenha que recair sobre uma só pessoa. Isso já não é uma relação. Nem amor sequer. É só comodismo por parte das outras pessoas que se deveriam preocupar com esta situação. 

Acho que nunca aguentaria ser um fardo para ninguém.


*Mais uma vez com o título abusivamente roubado da obra de Gabriel Gárcia Marquéz.
Com o tempo livre que agora tenho ainda o vou reler :)

4 comentários:

Farruskinha disse...

Não acredito no amor/romances dos filmes que é tudo muito cor-de-rosa, mas acredito que ainda haja amor entre pessoas e tudo o que nele envolve :)

Janny disse...

eu acredito no amor, sei que não é como nos querem fazer acreditar, nem como gostaríamos que fosse! Mas é, eu continuo a acreditar no amor!

Dxani disse...

Ser um fardo para alguem é uma coisa. Gostar da pessoa apesar de tudo é outra. Independentemente do fardo.

Palavra Já Perdida disse...

Nesse mundo cor de rosa também não acredito...mas ainda se vê um género de amor verdadeiro...
E sim, ser um fardo para alguém? Espero que tal não me aconteça..