Queria dizer-te tanta coisa que nunca ias perceber... Por isso guardo para mim.
Não sei amar como tu. Dessa forma serena, própria da idade, de quem acredita que o mundo nos guia sempre para melhor. Nem tenho a certeza se ainda sei amar. Se é alguma vez soube...
Acho que só sei amar à minha maneira. E não sei se é a melhor. É louca, descompassada, sem destino, de tudo ou nada, sem cinzentos, só feita de vermelho paixão. Aquela forma de amar que consome, que obriga a dar este mundo, o outro e o próximo. Desta forma que faz tudo o resto parecer insignificante. Desta forma que dói mais que muito quando este amor nos é negado. Quando não pode ser compartilhado, dividido, compartido...
Tornaste-me a pessoa fria que sou hoje e que já não sei deixar de ser.
Obrigada
Maio 2009,
resgatado dos rascunhos